Exportação de gado pelo Itaqui injeta R$ 42 milhões na economia local
Com o início da operação de carga viva pelo Porto do Itaqui em 2015, a Emap inaugurou uma nova linha de operação que já exportou mais de 11 mil cabeças de gado maranhense para o Líbano e Venezuela. A operação gerou recursos na ordem de R$ 42 milhões para pequenos e médios produtores do Maranhão, apenas no primeiro quadrimestre de 2016.
Ao todo, entre gado maranhense e paraense, foram embarcadas 27 mil cabeças nos primeiros quatro meses de 2016. A tendência é de crescimento, uma vez que o Porto do Itaqui vem se consolidando como o porto preferencial da região Matopiba, responsável pela produção de 120 milhões de cabeças de gado, mais de 50% de toda a produção de gado nacional. Matopiba é referência a uma região que abrange parte dos estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada nova fronteira de produção agrícola e pecuária do Brasil.
“Atendemos hoje países que têm preferência por gado vivo, a chamada ‘carne quente’, mas estamos nos preparando para fomentar embarques por contêineres refrigerados que permitirão, também, a exportação de carne processada”, afirma Ted Lago sobre os planos de expansão do Porto.
As cargas movimentadas pelo Itaqui vêm sendo continuamente diversificadas. Além do incremento na exportação do rebanho bovino, a modernização da operação portuária garantiu a expansão no escoamento da produção de grãos e fertilizantes no estado.
Logística para grãos
Ainda em 2015, o governador Flávio Dino inaugurou o Tegram – Terminal de Grãos do Maranhão – e pavimentou o trecho urbano da MA-006, por onde escoa grande parte da produção de grãos do Estado. Graças a essa obra, a soja do sul do estado passou a chegar com mais facilidade ao Porto do Itaqui e de lá para os mercados consumidores externos. O resultado no primeiro quadrimestre de 2016 foi aumento na exportação de milho (65%), soja (16%), trigo (157%) e 19% em fertilizantes.
O presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho do Maranhão, Isaías Soltadelli, explica que, com a recuperação do trecho da MA e a ampliação dos terminais de grãos no Porto do Itaqui, houve aquecimento de vários setores da economia.
“Agora podemos escoar milho e soja usando caminhões que percorrerão a rodovia até o Itaqui e aproveitarmos o caminho de volta para trazermos fertilizantes, isso gera uma cadeia de atividades econômicas, com ampliação do setor de serviços, gerando oportunidades e melhorando a produtividade”, avalia Isaías Soltadelli. Outro modal utilizado pelo Tegram é a ferrovia que liga o Corredor Centro Norte ao Piauí.