Exportação de boi vivo movimenta a economia do Maranhão
Após o terceiro embarque de gado vivo 100% maranhenses, realizado entre os dias 8 e 11 de maio, já é possível contabilizar os ganhos que a operação desta nova carga trouxe para diversos setores do estado. Segundo informações da Agroexport, empresa exportadora, foram cerca de 50 milhões de reais injetados na economia em, aproximadamente, 30 dias.
O gado oriundo de municípios como Açailândia, Imperatriz, Bacabal, Amarante, Itinga, Buriticupu, Santa Inês, Presidente Dutra, Grajaú, Arame, Lagoa Grande, Pedreiras, dentre outros, totalizou mais de 11 mil cabeças, o que representou um importante aporte de recursos na economia destas localidades. Além disso, o pequeno e médio pecuarista pode participar, já que a exportadora efetuou várias compras, descentralizando o processo.
De acordo com a Agroexport, 150 a 200 produtores estiveram envolvidos. Este diálogo entre produtor e a empresa foi intermediado pelas rodadas de negócio do programa ‘Maranhão Mais Produtivo’. Coordenadas pela Secretaria de Indústria e Comércio (Seinc), as Rodadas auxiliam o empreendedor a planejar e estruturar o acesso da sua empresa a novos mercados.
Foram realizadas três rodadas com a empresa Agroexport, nos municípios de Bacabal, Açailândia e Imperatriz. Eventos que, segundo o diretor da Agroexport no Maranhão, Antônio Augusto Acedo, foram determinantes para a compra do gado maranhense.
Observamos um empenho de todos os envolvidos. Os pecuaristas, os órgãos públicos e toda a sociedade maranhense estão de parabéns. Os compradores estrangeiros elogiaram a qualidade do gado exportado. Para nós é gratificante perceber que o nosso negócio contribui para o desenvolvimento econômico-social do Maranhão, afirmou.
O sucesso desse trabalho deve-se também a ação coordenada de diversos órgãos, como destaca o Secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo. “Com ações conjuntas estamos trabalhando para o adensamento da cadeia da carne. O embarque de boi vivo pelo Porto do Itaqui está contribuindo não só para o fomento da cadeia, mas para a valorização do pequeno produtor, que está tendo a oportunidade de expandir seu negócio, gerando renda e beneficiando toda a cadeia”, afirmou o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo.
A utilização do Itaqui como canal de escoamento da carga viva, reafirma a importância estratégica deste, que vem se afirmando como o porto de todo o corredor centro norte brasileiro. A atração dessa nova carga abre uma gama de novas possibilidades também para o setor logístico. Com localização privilegiada e procedimentos operacionais eficientes e seguros, o Itaqui passa a ocupar cada vez mais espaço.
“Aproveitamos a experiência do que foi um desafio para a nossa equipe e nos certificamos para operar carga de bois vivos. Esses embarques atestam a capacidade que o Porto do Itaqui tem para movimentar a economia maranhense, gerando riqueza para o estado. Não é apenas o pecuarista que é beneficiado. Para chegar até o navio é necessário o transporte, alimentação, feno, forragem, mão de obra, ou seja, muitos produtos e serviços são demandados”, afirma o presidente da EMAP, Ted Lago.
O trabalho de adensamento da cadeia de carne e couro segue como ação governamental prioritária, ampliando as oportunidades para o produtor, que em breve poderá comercializar tanto o gado vivo quanto a carne processada.
“Há uma série de estudos sendo desenvolvidos nessa direção e, da parte do Porto do Itaqui, estamos preparando nosso pátio para, em um futuro breve, receber contêineres refrigerados, oferecendo a infraestrura necessária também para o embarque de carne processada”, afirmou Ted Lago.